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Plasma de Argônio e o Reganho de Peso após a Cirurgia Bariátrica

Plasma de Argônio e o reganho de peso após a cirurgia bariátrica

A utilização do  Plasma de Argônio ainda é desconhecida por muitas pessoas apesar dos seus efeitos positivos na manutenção dos resultados da cirurgia bariátrica.

A cirurgia bariátrica, conhecida popularmente como “redução de estômago”, é um procedimento que oferece diversas vantagens, como o emagrecimento acentuado em um curto período de tempo, para o público ao qual ela é indicada.

Existe, em alguns casos e devido a diversos fatores, a possibilidade de que os resultados da cirurgia bariátrica se perca com o passar do tempo, ocasionando o reganho de peso.

A realização de um novo procedimento complexo e invasivo pode ser contraindicada, necessitando de outras alternativas para solucionar essa questão e o plasma de argônio é uma delas.

O que é o Plasma de Argônio

O plasma de argônio é um gás inodoro, inerte e não tóxico capaz de fazer com que a anastomose dilatada volte ao formato e tamanho da época em que o paciente operou, possibilitando que o paciente volte a perder peso.

Algumas orientações que devem ser seguidas antes e depois do procedimento, como jejum, limitação da prática de exercícios físicos por alguns dias, entre outras, devem ser fornecidas pelo médico responsável.

Como já dissemos esse é um tratamento indicado para pessoas que já realizaram a cirurgia bariátrica, mas que voltaram a apresentar ganho de peso. Como já citado, isso ocorre geralmente pela dilatação da anastomose gastrojejunal e a realização de uma nova cirurgia de “redução de estômago” pode ser contraindicada, sendo necessária uma outra alternativa, como o plasma de argônio.

O Plasma de Argônio é um tratamento ambulatorial realizado por endoscopia para aqueles pacientes que voltaram a ganhar peso após a realização de cirurgias bariátricas. O tratamento conta com a assistência de uma equipe multidisciplinar que dará o apoio necessário para que o paciente volte a perder peso.

 

O plasma de argônio é um procedimento bastante seguro, rápido, com baixo índice de complicações e muito eficaz na redução do tamanho da anastomose. A anastomose é a emenda cirúrgica realizada entre o estômago reduzido e o intestino delgado.

Bastante seguro, com baixíssimo índice de complicações graves.

O Procedimento é ambulatorial:

O paciente realiza o procedimento, recebe alta no mesmo dia e não há necessidade de ser levado para o centro cirúrgico;
Resultados satisfatórios (segundo os estudos clínicos) em poucas sessões;

Tratamento pouco sintomático após a sessão de aplicação;
Tratamento endoscópico minimamente invasivo, sob sedação endoscópica e sem necessidade de anestesia geral;
Custo menor que os métodos disponíveis atualmente;
Não há necessidade de afastamento do trabalho.

Quantos quilos se perde com plasma de argônio?

Da mesma forma, aliando as mudanças comportamentais à aplicação do Plasma de Argônio, espera-se que o paciente tenha a perda de, pelo menos, 50% do peso do reganho. No entanto, o Plasma de Argônio aliado à alimentação saudável e aos exercícios proporciona a perda de até 100% do reganho de peso.

Quanto tempo dura o plasma de argônio?

Procedimento do Plasma de Argônio:

Em média, uma sessão de plasma de argônio dura 15 min. A maioria dos pacientes não relata absolutamente nada durante o procedimento, somente uma sensação de “queimação” ou gases. Na maioria das vezes não há a necessidade de internamento.

COMO FUNCIONA O TRATAMENTO E AS SESSÕES DE PLASMA DE ARGÔNIO?

Deverá passar por consulta médica para avaliação, enquadramento do paciente, solicitação exame de endoscopia e exames laboratoriais.
Mensalmente terá uma consulta com a nutricionista, psicóloga e contará com o apoio de uma enfermeira em todas as etapas de seu tratamento.
Antes das sessões passará por consulta médica.
É necessário jejum de pelo menos 8 horas antes do procedimento.

O paciente receberá sedação venosa, portanto, precisa ir acompanhado por maior de 18 anos e não pode dirigir no dia do procedimento.

A sessão realizará fulguração (queimadura térmica e iônica) da anastomose, portanto, o paciente pode sentir dor leve a moderada após o procedimento.

Serão necessárias, em média, 3 sessões para efeitos satisfatórios com intervalo de 45 a 60 dias entre elas (depende da resposta de cada organismo, mas normalmente já sentirá diferença na primeira sessão).
O procedimento dura 15 minutos.

No que diz respeito às contra indicações, além da questão da técnica cirúrgica relacionada com a bariátrica, não há nenhum critério absoluto. Dessa forma, o ideal é buscar orientação médica para avaliar a possibilidade ou não do tratamento por meio do plasma de argônio.

Deverá ser feito controle endoscópico semestralmente após o término do tratamento.

Por se tratar de um método que cauteriza a região, é possível que o paciente sinta dor após o procedimento, que se assemelha em muitos casos à gastrite. Esse sintoma é mais intenso nas primeiras horas após o procedimento e se abranda ao longo dos dias, com duração total de cerca de 2 dias.

Em relação aos riscos, o plasma de argônio é um procedimento muito seguro, de maneira que há um índice baixo de complicações importantes. Uma das possíveis complicações, mas que atinge um baixo nível de pacientes é o fechamento exagerado da anastomose. Felizmente, essa é uma complicação reversível, por meio da dilatação por via endoscópica.

Eficácia do tratamento com plasma de argônio

O resultado e a eficácia do tratamento feito a partir do plasma de argonio percebido ao longo das sessões, sendo necessárias em geral cerca de 2 a 3 sessões.

É importante lembrar que a avaliação de procedimentos ligados ao ganho ou à perda de peso exige cuidado. Isso porque esse é um processo complexo que precisa levar em consideração inúmeros fatores externos que podem influenciá-los.

Por isso, a consulta à literatura científica especializada possibilita aferir com segurança os resultados.

Um estudo recente multicêntrico realizado no Brasil em 2014, publicado no Obesity Surgery (The Journal of Metabolic Surgery and Allied Care), mostrou resultados que apontam que os pacientes perderam entre 8 e 16kg adicionais depois da realização da cirurgia bariátrica.

O mesmo estudo destaca a importância do acompanhamento multidisciplinar na manutenção do peso ideal do paciente. Portanto, esses resultados apontam o tratamento com o plasma de argônio como uma alternativa viável ao reganho de peso pós bariátrica, isso quando o paciente se submeteu à cirurgia do tipo fobi capella (by-pass, Wittgrove, Higa).

Os planos de saúde devem cobrir o tratamento do plasma de Argônio, desde que haja prescrição médica justificando a necessidade desse procedimento ainda que não conste no rol da ANS.

O rol de procedimentos da ANS é apenas o mínimo obrigatório. O fato de não estar no rol da ANS não impede o custeio pelo plano de saúde, embora o paciente tenha que recorrer à Justiça para garantir tal direito.

O paciente que precisa realizar o exame de endoscopia com plasma deve procurar advogado e ir à Justiça a fim de buscar a autorização imediata para o exame que, não raramente, pode se dar em até 48 horas. Para tanto, é preciso ter em mãos a prescrição médica do exame e um bom relatório clínico sobre a doença e a necessidade do exame com urgência.

O Tribunal de Justiça de São Paulo condendou um plano de saúde a custear o exame de endoscopia com plasma de argônio, mesmo tal exame não estando no rol de procedimentos da ANS.

Veja o entendimento da Justiça:

Plano de saúde. Ação de condenação em obrigação de fazer cumulada com indenização por danos materiais e morais. Autor acometido de anemia profunda, a necessitar de internação hospitalar e da realização de exame médico (para cauterização de feridas no esôfago), conforme prescrição médica. Negativa de cobertura de exame de endoscopia com plasma de argônio. Incidência do Código de Defesa do Consumidor e da Lei 9.656/98 (Lei dos Planos de Saúde). Arts. 47 e 51, IV, do CDC. Abusividade. Cobertura devida. Súmula nº 96 deste TJSP. Precedentes deste Tribunal. Danos morais configurados. A recusa indevida à cobertura devida ao contratante de seguro ou plano de saúde gera o dever de reparação do dano moral, pois agrava sua situação de aflição psicológica e de angústia. Precedentes do STJ e deste TJSP. “Quantum” indenizatório que não comporta minoração. Jurisprudência desta Câmara. Sentença de procedência confirmada (art. 252 do RITJSP). Apelação desprovida.

 

De fundamental importância, portanto, conversar com um advogado especializado em Direito da Saúde para avaliar todas as particularidades do seu caso, pois há diversas variáveis que podem influir no resultado da ação, por isso, é necessário uma análise profissional e cuidadosa.

 

Deste modo, podemos concluir que o fato de existirem decisões favoráveis em ações semelhantes mostra que há chances de sucesso nessas ações, mas apenas a análise concreta do seu caso por um advogado especializado em direito da saúde poderá revelar as possibilidades favoráveis de seu processo, também é bom dizer que nos casos em que o paciente já tenha custeado o exame de endoscopia com plasma, ao procurar um profissional especializado poderá ingressar com ação judicial para ressarcir integralmente o valor. Se o plano de saúde não custeou o exame administrativamente ele não fará o reeembolso, devendo o consumidor/paciente ir à Justiça para receber o valor integral, em muitos casos existe ainda a possibilidade de indenização por dano moral.

 

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